domingo, 19 de julho de 2009

Costas

Bamboleou para direita, e depois para esquerda, para sumir em meio aos obstáculos naturais. Essa foi a última visão que ela teve, e ela guardou como uma foto. Uma pintura talvez, um desenho, mas nada melhor do que esquecer de vez a visão. Mas ela não conseguiria.
Entorpecida pela dor, as mãos tombando de lado, o rosto vira para o lado errado. Ela não levanta,
não respira, não sente. Anestesia.
Uma última visão, será que fica guardada com tanta força?
Mesmo que se veja de novo, apenas estas estarão voltadas para ela. 
Hora de dormir, hora de aceitar. Deixa cair, dexa levantar. Nada para esperar. Amanhã vem sempre.

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