quinta-feira, 24 de julho de 2008

Dead Babies

Dead Babies

Alice Cooper

Composição: Indisponível

Little Betty ate a pound of aspirin
She got them from the shelf upon the wall
Betty's mommy wasn't there to save her
She didn't even hear her baby call

Dead babies
Can't take care of themselves
Dead babies
Can't take things off the shelf
Well we didn't want you anyway
Lalala-la, lalala-la, la la la

Daddy is an agrophile in Texas
Mommy's on the bar most every night
Little Betty's sleeping in the graveyard
Living there in burgundy and white

Dead babies
Can't take care of themselves
Dead babies
Can't take things off the shelf
Well we didn't want you anyway
Lalala-la, lalala-la, la la la

Goodbye, Little Betty
Goodbye, Little Betty
So long, Little Betty
So long, Little Betty
Betty, so long

Dead babies
Can't take care of themselves
Dead babies
Can't take things off the shelf
Well we didn't need you anyway
Lalala-la, lalala-la, la la la

Goodbye, Little Betty


Sem comentários por hoje.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Escutando as vozes

Foi só um murmúrio. Já ouvia bem suavemente esse murmúrio, mas o ignorava, nunca disse-me nada que fizesse diferença. Na verdade, nunca tinha dito nada, só murmurado coisas que eu não conseguia compreender.
Num momento de silêncio, resolvi parar pra escutar. Não era tão baixo o quanto eu pensava... Era até alto, meio ensurdecedor...
Gritava muitas coisas, eu não entendia absolutamente nada. Então me concentrei.Reconheci gritos, mas também reconheci choro e balbúcias, tudo vindo misturado. Logo me toquei que não era apenas uma voz, mas eram muitas, todas dizendo coisas completamente diferentes, em tons diferentes, de formas diferentes, como se cada uma falasse uma língua. Concentrei-me mais ainda. As vozes foram se tornando mais claras, e mais vozes ainda surgiram. Vozes confusas, obtusas, cada voz falava mil coisas ao mesmo tempo, e misturavam os assuntos, e misturavam os tons, como se cada voz tivesse uma centena de ecos e cada eco dissesse algo diferente.
Cada vez mais confusa, aos poucos, fui tentando entender suas estranhas línguas; elas diziam muitas coisas, as que falavam rápido, mas algumas só se repetiam nas mesmas palavras, como se estivessem passando por algum tipo de fixação sem o menor motivo...
O segredo das vozes, as línguas, os timbres, algumas até mesmo cantavam...
No fim, não entendi nada. Parei, pensei muito sobre essas vozes todas juntas, se um dia elas concordariam entre si e parariam de discutir. Cheguei a conclusão que isso nunca aconteceria. Tudo aquilo, todas as palavras misturadas, toda aquela confusão que eu não entendia, tudo aquilo, era minha consciência. Até o dia da minha morte ela continuaria dizendo coisas que não fazem sentido, gritando coisas que nada me significam.