sábado, 6 de junho de 2009

Eu só quero ser feliz!
Só quero viver a minha vida como eu gosto, poder explodir eu mesma a cada segundo!!!
Mas eu nem tenho esse direito, né?
Eu não tenho e nem sei porque...
Talvez eu não tenha porque minha felicidade é tão importante quanto a dos outros.
Talvez eu só deva parar de me importar com você.
Ele estava contra a luz; o efeito era o ideal para riscá-lo como se realmente houvesse algum papel, como se eu segurasse um lápis. Tudo na minha mente. Ele estava lá - na luz e na minha mente - e eu esperava até os ossos que fosse para ficar.
As tremidas do tempo tiram-me o fôlego; eu sento, mas não mais espero. A única coisa que ainda posso esperar é material. Aquela voz que esperneava, sempre! - ela foi ouvida. Impressiona como ele encaixa nas mãos, na luz, no travesseirinho da cadeira pendurada, na sala; como ele encaixa na ducha, na boca, no suspiro. Como ele encaixa na cova dos meus olhos.
Aquela pergunta? Quisera eu uma resposta sem precisar de palavras. Mas eu posso responder agora de novo; e de novo, e sempre vai ser a mesma resposta.


Respiração

Respira sempre, nunca deixa de arfar
Quieto e plácido quando te for possível
E quando no calor do suor suspirar
Que seja no meu ouvido, quente e passível...

Que seja no barulho do tempo e bem dúbeo
Sem que no intervalo entre tudo se desbotem
As cores das mexas que emolduram o ébrio
E pelo caminho das portas que se fechem

E que quando não for possível inspirar
Que eu possa estar do teu lado e num sorriso
Ser teu diafráguima, tua força, ser teu ar

Ser o teu teto, qualquer que for o granizo
E ser de novo o ar que te leva o sorriso
E hoje e sempre, nunca deixes de respirar