quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Wicked Game


The world was on fire and no one could save me but you.
It's strange what desire will make foolish people do.
I never dreamed that I'd meet somebody like you.
And I never dreamed that I'd lose somebody like you.
No, I don't want to fall in love (This world is only gonna break your heart)
No, I don't want to fall in love (This world is only gonna break your heart)
With you (This world is only gonna break your heart)
What a wicked game to play, to make me feel this way.
What a wicked thing to do, to let me dream of you.
What a wicked thing to say, you never felt this way.
What a wicked thing to do, to make me dream of you and,
I want to fall in love (This world is only gonna break your heart)
No, I want to fall in love (This world is only gonna break your heart)
With you.
The world was on fire and no one could save me but you.
It's strange what desire will make foolish people do.
I never dreamed that I'd love somebody like you.
And I never dreamed that I'd lose somebody like you,
No, I want to fall in love (This world is only gonna break your heart)
No, I want to fall in love (This world is only gonna break your heart)
With you (This world is only gonna break your heart)
No, I... (This world is only gonna break your heart)
(This world is only gonna break your heart)
Nobody loves no one


Nah, nah, nah, menino mau. =X
Sem mais comentários por hoje.

Outono

"As folhas estão caindo.." ele disse num sussurro gelado.
"Não" Ela disse. "quem está caindo sou eu."
Ela sentou debaixo de uma castanheira e viu o primeiro fruto que caia. O céu cinzento emoldurou a cena e o vento arrepiou todos os sentimentos que ali ainda restavam. Ela afundava na armadilha lamacenta que criou para si mesma. Ela apalpou a ponta do pé e se perguntou o porque, mas já sabia de antemão que era inútil.
Ela lembrou o rosto, desenhou na mente as linhas secas de coisas que esperou, e estava quase decidida a não esperar mais. Mas ela esperava ainda.
Ela segurou entre os dedos o resquício que sobrava do sonho, e esticou as pernas, tentando caminhar novamente na imagem. Inútil. Desceu a noite. Desceu devagar e fresca. Desceu a luz da luz filtrada. Não havia estrela alguma.
Ela olhou seu próprio reflexo na água dos olhos, que umedeciam as mãos. Segurou então mais uma que descia. E tossiu com a fumaça do crepúsculo. Pediu licença e deitou de lado. O vertical, por instantes, quase se tornou horizontal.
Ela se questionou sobre os motivos. Sabia a consequência do que havia feito desde sua primeira primavera. Sabia para onde tudo aquilo a iria levar. Mas ainda havia... simplesmente ainda havia. E ela tentou fingir que não estava cansada. E quase conseguiu.
Foi aí que ela descobriu o que era força. Ela vira tantos verões, tantos invernos, tantas primaveras... mas era sempre o outono, sempre ele que tinha aquela cor amarga. E ela resolveu dobrar flores de papel e ignorar o que acontecia do lado de fora. Ela escolheu a dor da esperança. Mas não sabia por quanto mais tempo a escolheria. O hoje era tudo que ela tinha.
E a primeira folha cai...


O outono é só a transição o verão e o inverno.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Coluna Dorsal

Eram mil vozes... Todas gritavam coisas diferentes, de locais diferentes, e todas se cruzavam em um único ponto de interesse: eu. Era de toda parte as lufadas de som, todas gemidas, cheias de loucura e desatino. Havia chamados de luxúria, gritos de vaidade, e ira, pois não havia resposta...


Serpenteava oculta
entre a carne chamuscada
e a iminente catapulta
existente na linha limítrofe
da natural sacada
e da irraigada vulva.


Estava gelada
transmitindo o arrepio
do arredio baço
até o braço
e descendo redenta
pela carne sangrenta
e oscilava dela
desse àquele lado.


E ficara molenga
ao mínimo relato
do cérebro cretino
sobre qualquer coisa
que entre desconfiança
e andança
houvesse em aliança
e fizesse do caibro
o cabresto do cachimbo.


Caída de lado
paranóica e rebelde
retesara austera
a espera
e o legado
de toda atmosfera
bem ali do seu lado
no pâncreas metido a besta.


E a coluna olha de vesga
e debate quieta,
observando, esquizofrênica,
a estética do absurdo
e vendo novamente sua existência 
saliente eloquência
ressequida, decepcionada
permanece na sina de viver
sem ser valorizada
azeda e mal-amada
emoldurando o duto
intrigueira e assustada
segue imprensada
entre o pâncreas,
a carne chamuscada
e o arrepio de tudo.