terça-feira, 14 de julho de 2009

Silêncio ~

Silencia a suavidade, a sensitividade, a sensibilidade, silencia a lágrima.
Silencia a flor, o pedido, as mãos, o açúcar dos olhos. 
Silencia o sapatear do coração, a tremedeira, o aperto no peito, a falta de ar. 
Silencia a música de amor, os gestos.
Silencia a graça, a falta de jeito, o bico, a unha, o suspiro.
Silencia, assim a água corre. Silencia, depois se vai. Quando não tiver mais o que silenciar, volta.
Assim a saudade também fica quieta. A vontade de sorrir, a necessidade de sincronizar.
É não fazer tão parte, talvez não ser menos, mas com certeza, ser a peça extra.
Não era a sete chaves? Falta seis. Falta muito.
Ir é o melhor motivo para ser bem recebida ao voltar?
Ir é o único bom motivo pr5a ser bem recebida ao voltar?
Ir é o único motivo para ser bem.
E, quem sabe não seja mais silenciar.
Quem sabe.
E quem sabe não precisa mais falar.
Quem sabe.
A peça extra.
Certeza.
É ter culpa por não querer gritar sozinha?
É Ter!!
Que graça.
Deixar doer?
Ir embora.
Extra.
Silêncio.

Elefante Vermelho