Despedindo-me da vida que eu vivia.
Não é mais do meu feitio poder sentir ciúmes, nem poder sentir amor intenso; o desejo se esvai, a sorte é novamente atirada aos porcos e os dados são rolados: será triste ou vazio o caminho?
O sangue derramado secou, agora posso olhar para trás e dizer que talvez não tenha valido a pena; ruim que tamanho demorou para tal.
Todos os silêncios ainda estão guardados, todas as peripécias confusas da minha mente continuam sem tradução. Sentir um caminho me envolver, e de repente ser jogada de volta para fora, pela minha mente. Minha mente agindo o tempo inteiro, descontrolada, vendo a tragédia de perder algo que já tinha perdido. Na verdade, a tragédia já aqui estava antes que minha pouco intensa percepção notasse: coisas invisíveis e emoções que ninguém controla, uma força maior central. Um desejo de ter e não conseguir, uma vontade partida.
Nada que vá desaparecer, nada que não vá cicatrizar.
O bom é que, quando tudo chega no fundo, não há mais pra onde descer; quando o fundo é escuro e sombrio, nada existe além dos pensamentos. Deixar as emoções irem embora, deixar elas escorrerem e ficarem em um lugar onde não as verei se em algum momento voltar para lá.
É a desventura de estar dento de uma bolha.
Amor fora de sintonia
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Quando eu quero sua atenção, você me dá um novo outro assunto
Se em um dia você me quis, com outra eu estava antes
Nosso amor sempre esteve fora de sintonia
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