quinta-feira, 18 de março de 2010

Bolha

Hoje.





Olhei de lado
e fiquei calada
perante o brilho anelado
que uma bolha
embala
não bolha de melado, 
ou caramelo arredondado
mas daquelas de sabão
ligadas umas 
nas outras
como um leviatã.
Leviana,
elevada
alienada
da leiteira e do café
leve como
a lasciva vaporosa
que eneva a folha da rosa
e desce vermelha
à lama do vaso.
E a bolha
se rompe
ao toque
de um anular.


A bolha é o corpo, a alma sou eu. Porque "você não possui uma alma, você é uma alma e possui um corpo".

terça-feira, 16 de março de 2010

Recadinho

Nesse caminho confuso e estranho, me sinto caindo em várias armadilhas, como se tudo fosse esse imenso complô para me prejudicar. Por que está ficando difícil confiar nas pessoas que eu confiava? Porque ultimamente, elas tem mudado de idéia rápido demais, elas tem sido esquivas e tem me tratado com farelos de carinho e atenção do que estavam tratando antes. Pois bem, peguem seus farelos e enfiem em seus orifícios, não quero nenhum farrapo de algo que já foi bom como prêmio de consolação. Que tal me deixarem em paz?