Um dedo aponta numa direção incerta, um caminho está traçado em meio ás cinzas.
Deixe vir o vento, ele virá, e caminhar cega, em linhas desconhecidas estará novamente aí, como minha solução a tudo que esvazia.
Eram 11:53pm. Os sete minutos haviam sido postos no relógio de Cronus, a sorte lançada, era a hora de sentar e esperar. Os anseios reclusos, os intentos se desvendando novamente... O pano, o sumo, o tato. Uma reação em cadeia sem fim, pronta a se iniciar. O sete minutos viriam a passar, talvez como sete anos, mas sua contagem se processava, segundo por segundo, átomo por átomo estava a preparar um adeus. A chuva casta logo tocaria os chãos, e transformaria-se; faria de desertos, paraísos.
Uma luz confusa que crescia, uma luz lunar, um morar que se esvai, uma flor que passou do tempo... Deixa o vento levá-la (talvez a resposta), não deixa o vento levá-la (um desejo guardado na caixa das desgraças de Pandora). Um mergulho de cabeça, deixar espalhar o mar, deixar dizimar o astuto, deixar revelar a metade macia e carnosa de um fruto roubado, ceifado pela insanidade. Deixa viver...
A fumaça do expresso era jogada no ar, confundindo as vontades e os quereres, uma cegueira maior que a emocional. O barulho do apito ensurdeceria, roçando com velocidade descabida os sentidos enfraquecidos pelo balançar incessante das franjas... Os olhos em pedaços, sua morada funda; a beleza dos ossos sorrindo aos de fora, as carnes escapando das ironias devassas demais para serem ditas... Veja que no fim ainda restará algo para me orgulhar.
Amor fora de sintonia
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Quando eu quero sua atenção, você me dá um novo outro assunto
Se em um dia você me quis, com outra eu estava antes
Nosso amor sempre esteve fora de sintonia
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2 comentários:
Lindo... estou meio mal, então fiquei sem muitas palavras, mas você sabe que eu adoro seus textos. Beijos menina
Esperar por mais 3 expressos será complicado não? ^^, ganbatte ne?
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