terça-feira, 29 de setembro de 2009

Rapsódia V

Num grito abafado e sinistro, retesado
resquício dum soustício bem-amado,
permanece no vício cardial sereno
o desejo suplícito dum sono pleno.


Deidades desdenhosas sorriam empíricas
dos platõnicos suspiros, surdos, oníricos...
dos contos confusos, rabiscados homéricos
de um coração arisco, hermético, sibérico.


Que a voz mais aveludada administre
o dogma verticalizado das verdades
e do enigma mais velose das saudades


seja tecido o segmento do mais rupestre
feito da floresta desse mais bem-quisto
mistério ministrado de solário misto.

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