segunda-feira, 20 de outubro de 2008

A petulância, a curiosidade...
Logo, meus pés não tocam mais o chão.
Esse amor absurdo de viver, amar a vida acima de mil amores espalhados na poeira das velhas más intenções...
Um anel, um lasco de papel desbotado, um coração de argila. Tudo caiu e quebrou, será que um dia estiveram aqui? Será que um dia eu realmente estive aqui?
Amar a vida, e odiá-la tanto, que o ar entra azedo pela boca, e sai queimando as narinas. E saber que desde o começo era para ser assim. "Como pode alguém amar um monstro?" Como poderia alguém amar? Demonstrações escalaufabéticas de algo que talvez nem exista.
A chama queimando como se estivesse ali por algum motivo... O baço se aquece num sentimento inigualável. Palavras perdem o sentido, cada vez mais difícil entendê-las. Segundos com um porque depois de tanta espera. E saber que mais espera viria. Saber que esperar faz parte. Que o sono talvez só não seja tão necessário. Que aquelas cascatas vão estar lá, talvez estejam entre outros dedos. Imaginar mais um segundo ali, perto de um portal velho e algumas pessoas sem significado algum, fora do nosso campo semântico.
A perfeição pode estar em algum pacote diferente do imaginado. Ou pode ser exatamente como eu esperei. Ou pode estar só dentro de mim. Ou pode simplesmente não existir.
Que os próximos copos estejam cheios, que o pinguim imperador goze sua queda - que na verdade nem sabe estar a cair - e que possam haver fatias de pizza, de todos os sabores imagináveis. De pasta de dente talvez.
Odeio-me demais nesse momento por querer começar de novo.

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