terça-feira, 5 de junho de 2012

XXXV

Ecoou a Voz do Silêncio
rastejando no frio do asfalto
um som retumbante e alto
um grito forte, um prenúncio


E as flores derramadas, mortas
voltam a vida através dos tempos
e vibrando, firma-se o intento
e as linhas das quadras, tortas


Debruçam-se as damas solitárias
sobre as canções dos orvalhos gélidos
sobre as óperas, sobre suas árias


E seus murmúrios mentais e parcos
embriagados pela luz das vontades
se emaranham nas notas, arcos.

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