domingo, 30 de maio de 2010

XXIII

É no sumo mais parco que baba a ferida
que as dores e remorsos se deitam frouxos
segue um cortejo de vindas e idas
de tristezas baças e corações coxos


Na tragédia o descaso comedido
outra vaia de vitória se levanta
outro coração que segue, partido
outro grito que atola na garganta

E num caminho no que o te quebraste
segue logo atrás, empunhando a ponta
e o que tu partiste te leva,vai a guiaste

O sangue preto à lágrima mistura
e o coração novo que se defenda
pois esse é mal que não tem cura

Um comentário:

Rebecca Isnard disse...

bons os sonetos e o texto da borboleta também está lindo^_^!
Tô de olho nos textos!