segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Rapsódia IV

Teu olhar lupino, de cromação fugaz
Mostra do tom mais suave ao mais venéreo
As essências sombrias do mundo, mistério
Decifrável apenas pela ante que trás.

Mas é nos teus olhos que me perco tomada
Pelo teu semble, pele, figura e sorriso
Olhar de ressaca, maior que o de Narciso
Na descoberta da forma da pessoa amada.

E no fim de tudo, diz-te casmurro
E acha nessa tola pessoa enfeitiçada
A razão para teus novos e frescos ideais...

E eu! Desmanchada no teu amado sussurro,
Arrastada pelas íris, embriagada,
Correnteza que me engradesse e enche de paz.

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