segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Rapsódia I

Foi de sentir-te tão profundamente
Que num suspiro me atirei perdida
À tua espada, e voltei a vida
Derretida num flagelo contente.

E sobre teu braço forte dormir
Pois de ti não espero violência
A espada é a dor da abstinência
O meu flagelo é ver-te partir...

Sentir teu cheiro em mim e não te ver,
Sentir-te em mim sem estar aqui
E ver-me sangrar até quase morrer!

Para renascer novamente nua
Idas e voltas do teu corpo claro
E gritar ao mundo o quanto sou tua!

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