domingo, 2 de agosto de 2009

Eco

Sentir é a verdade(?)

Era cheio. A água corria pelo chão, pelas paredes, pelo teto; o vento se esbolava torto, procurando brechinhas para preencher. A terra vibrava calmamente, serena e anciã... E o fogo ardia por toda parte. A harmonia delicada por toda parte era fluida, leve e respirar era tudo.
E de um tudo, fez-se mistério... O mistério crescia forte, e ia ocupando mais e mais, uma força palpável e afagável, uma sensação de real complexibilidade, uma dinâmica sem igual. Mas a água começou a apagar o fogo... A terra, vibrante, logo perdeu as forças de vibrar. E lá foi esfriando, perdendo as cores, perdemdo a força... As portas fechadas começaram a se abrir... E logo, de toda vibração, só o vento. O vento esgueirante que se contorcia, ressecando o que era a água que estava por demais, começou a ressecar a terra... O fogo intenso começou a fraquejar e a ficar ralo, delgado... Ainda tinha aquela força ali, mas estava fraca. A harmonia estava ficando cada vez mais fraca, e o desequilíbrio foi entortando tudo, aos poucos... A secura, a água sendo drenada, e tudo que a força tentou para manter as coisas boas, se esvaindo... O brilho eterno ficou mais fraco. A luz parou de entrar. O vento, que ainda teimava, ficou mais livre de correr, e correu forte, e tudo que se póde escutar foi um eco. Ele vibrou aqui e ali, mas ainda era um eco. Era o começo do vazio. Um olhar ainda de força e esperança estavam ali, mas enfraquecendo... A esperança ressecada iria esfarelar. E o eco ficaria mais forte. Nem tristeza...Vazio... ó_ò

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