É lá que mora o doce mais doce,
o bem-querer mais bem-quisto,
todas as graças das mais graciosas,
o fermentado e destilado sumo deste fruto carnoso e demasiado branco,
o lenço profundo das lágrimas que desmancham os olhos de saudade...
Perdido por todos os lados, ofuscado pela luz matinal de um sentimento que cisma em nascer e se pôr, dia a dia, por todos os segundos que preenchem o existir dessas duas metades: a de cima, e a de baixo.
Desgostosa a distância entre estas, se novamente se unem, abafam o som maldito; mas se se aproximam, e se apertam uma na outra, suas cores se tingem em rubro vivo, e logo amanhecem no mais pueril sorriso que já riscou tal face...
Acima de tudo, é o local mais seguro do mundo, onde mora os mananciais do descanso mais terno, e morno... A casa de tamanha quimera de beleza e plenitude, a casa dos justos, e dos intuitivos. Uma casa onde pouca razão reina, onde se espelham as batidas mais fortes do miocárdio, onde se pode ler alguns segredos - apenas os tolos - e onde desabrocham os mais escondidos mistérios das emoções humanas.
Poderia viver - e sobreviver - dessas duas bem-feitas metades, que mesmo silenciosas, possuem toda uma voz e sua canção própria. Mas não poderia viver - em plenitude! - sem esses dois pedaços, essas duas partes - a de cima, e a de baixo - de calma, furor e majestade... Essas metades que dão asas a minha poesia.
Amor fora de sintonia
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Quando eu quero sua atenção, você me dá um novo outro assunto
Se em um dia você me quis, com outra eu estava antes
Nosso amor sempre esteve fora de sintonia
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Um comentário:
Muito lindo! Demorei a vir, mas cheguei! Parabéns, está muito bem escrito e eu simplesmente adoro sua forma de se expressar. Beijos querida^^
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