sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Um inseto que voa, um inseto que pousa...
Alguma agitação, algo nela que parecia morto e enterrado volta a surgir... O que se faz para não incidir num erro? Fuga?
Um aperto, uma dúvida, uma certeza, um perfume. Vogais que se repetem no ar, perdem sua articulação e logo, talvez nem precisassem realmente ser pronunciadas.
Um sentimento, um não, um sim, uma raiva. As coisas que vão acontecendo e a atropelam, os tolos momentos colados com o lúmen de uma mentira bonita. Mas lúmen ainda é lúmen.
Um jogo, uma razão, uma queda, uma tremedeira. O perfume vem, invade, confunde, desola. Deixa a boca seca e as vontades obscuras voltam a gritar.
Uma dádiva, um grande defeito, um pequeno acaso, um maldito ímã. Mil coisas funcionam de forma a deixar até o círculo mais perfeito se deformar em uma oval...
Um furor, o rosado, uma saia, o vento... As peças nem se encaixam mais já fazem sentido num mundo que ela criou para que ninguém chegasse perto. Mas alguém há de ter a chave, sempre é assim.
Uma oscilação, uma fraqueza, um ímpeto, um freio. Algo falando que um erro só é realmente um erro se é repetido.
O incontrolável desejo de mudar o caminho das águas, de fazer duma mentira suja uma verdade brilhante. Eis novamente um muso para atormentar-te.

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