Um inseto que voa, um inseto que pousa...
Alguma agitação, algo nela que parecia morto e enterrado volta a surgir... O que se faz para não incidir num erro? Fuga?
Um aperto, uma dúvida, uma certeza, um perfume. Vogais que se repetem no ar, perdem sua articulação e logo, talvez nem precisassem realmente ser pronunciadas.
Um sentimento, um não, um sim, uma raiva. As coisas que vão acontecendo e a atropelam, os tolos momentos colados com o lúmen de uma mentira bonita. Mas lúmen ainda é lúmen.
Um jogo, uma razão, uma queda, uma tremedeira. O perfume vem, invade, confunde, desola. Deixa a boca seca e as vontades obscuras voltam a gritar.
Uma dádiva, um grande defeito, um pequeno acaso, um maldito ímã. Mil coisas funcionam de forma a deixar até o círculo mais perfeito se deformar em uma oval...
Um furor, o rosado, uma saia, o vento... As peças nem se encaixam mais já fazem sentido num mundo que ela criou para que ninguém chegasse perto. Mas alguém há de ter a chave, sempre é assim.
Uma oscilação, uma fraqueza, um ímpeto, um freio. Algo falando que um erro só é realmente um erro se é repetido.
O incontrolável desejo de mudar o caminho das águas, de fazer duma mentira suja uma verdade brilhante. Eis novamente um muso para atormentar-te.
Amor fora de sintonia
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Quando eu quero sua atenção, você me dá um novo outro assunto
Se em um dia você me quis, com outra eu estava antes
Nosso amor sempre esteve fora de sintonia
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