sábado, 6 de setembro de 2008

Enterro

Tudo se sacudindo, ou eu que tremia demais? Minha cama tremendo, seria um terremoto??? Silêncio. Só escuto os grilos cantando do outro lado da rua. A qui onde eu moro, o tempo nunca está ruim...
Parar e pensar sobre tudo. Cobranças, todas eu junto e jogo no lixo. Inúteis.
Velhas cartas de amor, igualmente inúteis. Um monte de caixas de pizza pelo chão, mais uns folhetos de tratamento fitoterápico. Tudo junto dentro do mesmo saco de lixo.
Dissimular? Não, obrigada. Pegue suas curiosidades que atropelam as cabeças e enterre. Juntamente com a minha decisão de ser infeliz.
Um grande enterro: sepultar o passado, escrever uma boa lápide; sepultar saudades estúpidas de mentiras, tudo para vala agora!! Sepultar junto os sentimentos inúteis. Se os sentimentos não me acrescentam arte ou conhecimento, o melhor é fazer com eles a mesma coisa que se faz com os cadáveres, ou eles apodrecem e te estragam junto. Sepultar sentimentos, coisa não muito fácil, mas realemnte interessante. Nada de jogos. É só pegar o que incomoda e jogar na cova, cobrir com sete palmos de terra e fazer uma boa lápide.
Eis então meu cemitério: lotado, fedido e nojento, um lugar do qual tenho muito orgulho. Mas um sentimento jás lá. E que descanse em paz.

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