domingo, 13 de julho de 2008

Ser é

~ flutuar entre realidades;
~ viajar feito luz;
~ renascer e morrer constantemente;
~ respirar arte;
~ fluir entre mil jeitos;
~ viver para dentro;
~ morrer para fora;
~ gritar sem barulho;
~ silenciar uma rosa;
~ falar com o que não fala;
~ cantar uma pintura;
~ ler pelas paredes;
~ sorver a alma dos seres;
~ olhar para o que não se pode ver;
~ amar por amar a cada segundo;
~ fugir das fugas do dia;
~ mergulhar na lama da noite;
~ rasgar uma ferida;
~ sonhar com o que já se realizou;
~ pisar um pouquinho acima do chão, andar no ar;
~ correr contra a força do vento;
~ ser exatamente aquilo que sempre quiz ser, sem ligar para nada que me dizem, ser exatamente como sempre fui e nunca soube.

Devorem seus deuses e ídolos, eu vou continuar sentada e de pé, comendo o que não se deve comer, devorando as mentiras que criei para mim. Meu mundo não é o seu, meu mundo não é o de ninguém. Só por hoje não vou precisar fazer o sangue jorrar para voltar a ver que é assim que eu sou rosas, é assim que eu sou, sol poente, é assim que eu sou onda do mar, é assim que eu sou cinzas de cigarro. Dispensa teus dicionários, seus sentimentos não são conceituais; dispensa seus times, seja o seu conceito; dispensa tuias ideologias, apenas pense no que acha que deve pensar, do jeito que achar que deve. Não me julgue, sou inexplicável, inexplicável, inexplicável.
E você também. Nada que meros mortais possam alcançar.

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