terça-feira, 19 de junho de 2012

Felino

Um remexer de borboletas na barriga
uma flama tremulando na derme
a boca que se umidifica, firme
às palavras que a mente abriga


Um explodir de vontades no escuro
um remexer nervoso e visceral da fibra
descomposta a costa da razão da libra
e o espirrar do sangue contra o muro


A forma complexa se deforma à sombra
a voz permanente ecoando grave
nas paredes úmidas do meu pensamento


E o contorno intenso desmedido tomba
e o desmontar lânguido do corpo, chave
da imagem pulsante e de marcar por dentro.


2 comentários:

Rodrigo Costa disse...

A intensidade desse texto foi grande... É o tipo de coisa q faz a pessoa acabar sentindo aquilo que lê... Muito bom!

Bragi disse...

Sua... Romântica/Parnaso-simbolista!