Lembra daquele dia onde tudo ainda era confuso, quando em teu interior dormia outra frutinha, no meu, outro bicho; foi engraçado como, entre cada vez que nos evitávamos - a nossa timidez à flor da pele - e como a presença de um meio que intimidava o outro, lembra?
Você é wild. Primeira pessoa tão wild quanto eu; cavalo tão selvagem quanto, não importa nenhum pensamento fora da nossa bolha. O mundo que realmente nos importa é sempre cúlplice das nossas loucurinhas, assim como um é do outro.
Talvez eu deva escrever uma canção para você. Ou deva começar a pensar em tatuar seu nome em mim, coisas que dentro da nossa bolha, o nosso mundo permitiria. Não há limites; quando você fala, quase sempre eu posso completar sua frase, assim como você costuma completar as minhas. Eu inspiro, você expira. É uma respiração só.
Sempre acaba sendo meio tolo quando fingimos um para o outro que não nos importamos com o último erro; mas faz parte da nossa química, faz parte do nosso ritmo frenético de existir, juntos.
Talvez, depois de tantas coisas ruins, agora seja a hora de relaxar de tudo, começar a entrar melhor cada um no mundo do outro. Era inevitável que uma hora, a bolha se fecharia e todos que restariam aqui dentro, conosco, fossem pessoas que nos apoiassem. Porque é isso que faremos. Afastamos quem não nos apoia, que tenta nos prejudicar. O tempo ensina.
Talvez já fossemos tudo isso que somos hoje desde o começo; talvez a dez anos atrás já completássemos as frases um do outro.
Amor fora de sintonia
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Quando eu quero sua atenção, você me dá um novo outro assunto
Se em um dia você me quis, com outra eu estava antes
Nosso amor sempre esteve fora de sintonia
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