E veja a grande surpresa! Lá estava o adeus duplo, um atraso significante, um sussurro desleal e crispado, o vento correndo entre os vagões sacudindo os cabelos de tudo aquilo que ficara para trás.
E logo mãos não eram mais mãos; perfumes com sabores jamais experimentados, um ardor incontável que crescia, hora a hora, um bem-querer tamanho querido que distorcia a visão temerosa dos trilhos a frente. Um gelo na espinha, se espalahdno pelas vísceras e deixando um rastro de fogo intenso, o renascer de um pedaço do espelho da carne que por tanto ficou morto, inativado e silencioso. Lá ia ele, rompendo o tudo. Folhas secas puderam entrar pelas janelas no correr barulhento do trem, e logo, não se fez mais necessário olhar para trás. Ainda havia esse olhar para lá, um cantinho do olho, ainda meio úmido, mas o tempo, o tempo sim é o rei das verdades. Logo a clareza dele faria o caminho que ficou atrás perder o brilho, e ser apenas o caminho que ficou atrás. Deixa ser. Deixa estar. Seja e esteja. Saiba a hora de ir embora.
Um comentário:
É um dos mais lindos^^
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