terça-feira, 30 de dezembro de 2008

O fio.

Toquei-o e ele rompeu-se da base suavemente... Não era convencional, o oxigênio ficou arisco, e logo, as antiguidades finalmente foram para o museu.
O fio era delicado, fino, delgado, ralo; sua resiliência era sutil, mas ali estava. Ele ondulava nos caminhos do vento, de um lado para o outro, de um desenho a outro, daqueles que só se vê contra a luz. O fio surgira, e flutuando no ar, agarrou-se em meu sedimento. As intempéries das reentrâncias arrastavam-no de um lado a outro, de uma face a outra, e, estranhamente, após tudo, ele estava lá.
O fio fora guardado, reservado? O que seria agora dele que havia sido descoberto em seu esconderijo? As cascatas não o levaram, ou os mares de tudo, ou as bravias empreitadas confusas e sincronizadas, mas ele insistiu e ficou, eis então sua cor representando a ele mesmo.
Talvez seja só uma forma de dizer que sempre pode recomeçar.

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