Daquele funil enorme que fica sobrevoando as situações, poucos passam. Por isso um funil. Já é esse o intuito pré-estabelecido.
E os que não passam? Os que não têm aquele formato exato para passar? Sobram. Simplesmente sobram. Às vezes por características tão irrelevantes que lhes causa raiva. Também, pudera.
Só quem já sobrou sabe como é, mas dificilmente se poderá achar alguém que nunca tenha sobrado. São assim as coisas, ou se vive com elas os se afasta de tudo que tenha funil. Se fechar resolveria, se a vontade de passar no funil só não aumentasse quando não passamos. Fato.
E as sobras? Onde elas chegaram, o que elas podem fazer por sobrar, como vai ser a partir daquele momento, quando ela tentou ser absorvida e não foi?
As sobras. Por hábito, nos livramos logo delas. Por questão de manter puro a ambiente, e por questão do espaço que ocupam. Logo nos livramos das sobras, ou as largamos em algum lugar onde um qualquer possa carregar.
E fazemos isso com pessoas. Tratamos pessoas que sobram como lixo, como nada. Sobrar faz parte? Palavras de alguém que nunca sobrou. O pior é que na maioria das vezes que se sobra, não é algo que se possa modificar. Nos rasgamos por dentro em busca de uma forma de mudar aquilo, achando que passando no funil sempre seremos melhores... Será mesmo que o seremos?
Talvez só não devesse haver funil. Já pensou em quantas pessoas já fez sobrar? E o pior é que nos sentimos muito especiais em relação aos que sobram!
Cada um deveria só estar onde gostaria de estar.
Escrevo isso como sendo mais uma sobra. Uma sobra de tantas coisas que me dá raiva. Sou resto de tantas histórias que nunca quis fazer parte, de tantos grupos, de tantas outras pessoas...
Acho que um dia vou acabar me acostumando.
Amor fora de sintonia
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Quando eu quero sua atenção, você me dá um novo outro assunto
Se em um dia você me quis, com outra eu estava antes
Nosso amor sempre esteve fora de sintonia
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